Como projetar casas inteligentes? 8 conselhos para incorporar a domótica na arquitetura
Os dias em que a domótica era uma dor de cabeça para o arquiteto, o construtor e o usuário, parecem estar ficando para trás. Preços altos, desconfigurações reiteradas do sistema, poucos resultados estéticos e desconhecimento geral sobre sua correta instalação e manuseio resultaram em um processo complicado que nos impeliu a descartar a ideia de automatizar nossos projetos.
Hoje em dia, a situação mudou e desenvolver um novo projeto sem considerar a domótica parece um tanto absurdo, já que seu custo é desprezível no total da obra. Como e por que incorporar a domótica em nossos projetos? Analise uma série de dicas para aplicá-la com eficácia, graças às informações que a AVE Chile compartilhou conosco.
1. Experimentar a domótica é fundamental para convencer o cliente
A grande maioria das pessoas que já habitaram um espaço automatizado dificilmente se sentirá confortável retornando aos sistemas tradicionais. Para convencer um novo cliente, é fundamental que eles possam experimentar in loco os benefícios da automação residencial: testar as diferentes opções de um painel de controle, gerenciar as condições ambientais de um espaço, alterar a intensidade e a cor da luz, ajustar o temperatura, e / ou interagir com os diferentes tipos de interruptores e seus sensores.
2. O usuário deve identificar o que realmente quer controlar
O entusiasmo gerado pela automação residencial pode levar o usuário a querer controlar tudo, sem muito sentido. Por definição, a automação residencial procura ser globalmente inteligente, por isso deve funcionar como um sistema que facilita os processos, sem complicar desnecessariamente a vida do usuário. Automatizar a operação de um ferro de passar ou uma máquina de café, por exemplo, pode não fazer uma diferença real na qualidade de vida do usuário; programar a iluminação de luzes, alarmes e / ou aquecimento em determinados momentos do dia, sim.
3. É mais eficaz aplicar a automação residencial para “gerar soluções integradas” do que usá-la para atender a funções individuais
Uma vez identificadas as necessidades do usuário, é aconselhável planejar soluções integradas que permitam programar e controlar ambientes. Por exemplo, ao selecionar um ambiente predefinido para a noite, o sistema executará, em um único processo, a atenuação e o desligamento das luzes, o fechamento das cortinas e a ativação do alarme. Isso não impede o gerenciamento de cada opção separadamente, mas é mais fácil e mais eficaz considerá-las, desde o início, como respostas como um todo.
4. Não há diferenças entre um plano elétrico tradicional e um plano de domótica
Para levar o projeto de automação residencial para a obra construída, o arquiteto deve simplesmente definir as localizações dos interruptores e outros dispositivos e as funções específicas de cada um deles. Com esta planta, a empresa responsável pela instalação dos sistemas automatizados é responsável por intervir na instalação elétrica no local, dando ao especialista a instrução para incorporar o cabeamento necessário para a automação residencial. Esse cabeamento UTP (Unshielded Twisted Pair) é muito mais simples do que o tradicionalmente usado e ocupa um único duto.
É importante ressaltar que a automação residencial deve ser incluída na planta de construção antes de iniciar a obra pesada, já que em estágios mais avançados, o processo se torna mais complexo.
5. Em meio dia, um especialista em eletricidade pode aprender a instalar um sistema de automação residencial
Não é necessário que o especialista elétrico escolhido pelo arquiteto ou cliente seja especialista em automação residencial para poder instalá-lo. O treinamento relacionado a esse processo pode ser feito em apenas algumas horas.
6. Adequadamente programado, o sistema de domótica reduz consideravelmente o gasto de energia do edifício
No caso dos hotéis, a domótica permite que espaços e salas que não estejam em uso sejam mantidos completamente desligados, tomando um controle detalhado do uso que cada hóspede dá a cada quarto. Por exemplo, se um hóspede tiver o aquecimento ligado em seu quarto e abrir uma janela, o sistema térmico será desligado para evitar esse desperdício de energia. Mesmo durante a noite, enquanto o hóspede dorme, o sistema pode ser programado para reduzir ligeiramente a temperatura, economizando uma grande quantidade de energia sem que o usuário perceba.
Além disso, em edifícios que utilizam sistemas trifásicos, é possível determinar um consumo máximo mensal de energia, evitando que a despesa exceda o limite predeterminado no final do mês. O painel de controle fornece ao usuário um detalhe completo desse consumo; Diariamente, semanalmente, mensalmente ou anualmente.
7. A Domótica permite melhorar a qualidade de vida de idosos ou pessoas com deficiência
Através de painéis de controle centralizados e sensores de movimento, a domótica pode facilitar e apoiar grandemente o modo como os idosos ou pessoas com deficiência habitam seus espaços cotidianos. Entre outros benefícios, é possível programar a iluminação das luzes em uma determinada hora do dia, aumentando sua intensidade com o passar das horas, ou ligando e desligando automaticamente quando a pessoa entra em certos recintos. Além disso, pessoas com doença de Parkinson ou outras doenças motoras podem manusear os interruptores sem tocá-los.
8. Integrar os alarmes no sistema de automação residencial para controlar intrusões ou perigos remotamente
Incluir o alarme em um sistema de automação residencial evita a necessidade de se conectar a uma central, notificando o usuário diretamente em seu telefone celular e mostrando em detalhes qual porta ou janela foi manipulada. Se câmeras de vigilância foram incluídas, é possível ver em tempo real o que está acontecendo no edifício.
No caso de outros perigos, como vazamento de gás ou água, o sistema avisa o usuário para fechar a passagem desses elementos, enquanto uma solução definitiva para o problema é encontrada.
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